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O Brasil deu início a um programa nacional de imunização da covid-19 nessa segunda-feira (18), distribuindo doses da vacina CoronaVac, da chinesa Sinovac Biotech com o brasileiro Butantan, após uma autorização de uso emergencial, embora o ritmo da vacinação dependa de importações atrasadas.
Após semanas de contratempos, muitos brasileiros aplaudiram a primeira onda de vacinas, de clínicas movimentadas em São Paulo a uma foto espetacular planejada aos pés da estátua do Cristo Redentor com vista para o Rio de Janeiro.
O Ministério da Saúde deu luz verde aos estados para iniciar a imunização às 17h. Embora alguns tenham começado a administrar vacinas antes disso, a maioria dos 26 estados brasileiros ainda não tinha recebido os embarques de vacinas até a noite de ontem, atrasando o início das vacinações para idosos e profissionais de saúde da linha de frente.
Minutos depois de a Anvisa ter aprovado a vacina contra o Sinovac no domingo, Mônica Calazans, enfermeira paulista de 54 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada no país, sob o olhar do governador paulista João Dória.
O presidente Jair Bolsonaro, um cético da covid-19 que se recusou a tomar a vacina, enfrentou duras críticas pela falta de imunização no Brasil, que já perdeu mais de 200.000 vidas na luta contra a doença – o pior número de mortes da pandemia fora dos Estados Unidos.
No domingo, a Anvisa aprovou o uso emergencial da vacina Sinovac e uma da AstraZeneca Plc, embora um plano para obter 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca tenha sido prejudicado pela falta de aprovação de exportação da Índia.
Esse foi um dos vários obstáculos que ameaçavam desacelerar os já atrasados esforços de imunização do Brasil, à medida que os parceiros de fabricação locais de ambos os fabricantes de vacinas esperam ingredientes ativos do exterior para preencher e terminar as doses para distribuição.
O Instituto Butantan, administrado pelo estado de São Paulo, precisa de outro carregamento de ingredientes da Sinovac até o final do mês para atingir sua meta de 46 milhões de doses até abril, disse o chefe do instituto em entrevista coletiva.
O centro biomédico Fiocruz, financiado pelo governo federal, no Rio de Janeiro, ainda aguarda o primeiro embarque de ingredientes para a vacina da AstraZeneca, aguardando a aprovação chinesa para exportação.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, repreendeu Doria no domingo pelo que chamou de “manobra de marketing” ilegal para permitir que as vacinas comecem em São Paulo antes do lançamento oficial.
Bolsonaro, que insultou Doria sobre a decepcionante eficácia de 50% da vacina Sinovac em testes brasileiros, acrescentou uma crítica indireta na segunda-feira.
“Então está aprovado para uso no Brasil. É a vacina do Brasil. Não pertence a nenhum governador ”, disse ele a partidários fora do palácio presidencial. (com agência Reuters)